Como se Forma a Aurora Boreal? Descubra o Mistério por Trás das Luzes do Norte.
- Fernando Alves
- 10 de mai.
- 3 min de leitura

Ei!!Já imaginou olhar pro céu, lá no meio do nada, e ver as estrelas sendo invadidas por luzes dançantes que parecem saídas de um sonho psicodélico? Pois é, essa é a mágica da Aurora Boreal — e acredite, entender como ela se forma só aumenta ainda mais a vontade de presenciar.
Vamos voltar lá pro comecinho, bem antes de você vestir aquela segunda camada de roupa térmica e sair pela estrada gelada na Islândia, Noruega ou Finlândia.

Tudo começa com o Sol. Sim, a nossa estrela querida não manda só luz e calor pra Terra — de tempos em tempos, ele solta rajadas violentas de partículas carregadas, conhecidas como vento solar. Essas partículas viajam pelo espaço a uma velocidade absurda, e quando se chocam com o campo magnético do nosso planeta (a magnetosfera), começa o espetáculo.
Só que a Terra, espertinha, tem seu próprio escudo. Esse campo magnético desvia a maior parte dessas partículas, mas nos polos — mais precisamente nas regiões polares do norte e do sul — esse campo é mais "fraco" ou, melhor dizendo, mais permeável. É por isso que a aurora boreal se forma lá, e não em São Paulo, por exemplo.
Quando essas partículas energéticas conseguem entrar na atmosfera da Terra, elas colidem com átomos de gases como oxigênio e nitrogênio. E é aí que a mágica acontece: cada tipo de gás reage de uma forma diferente quando excitado por essas partículas solares, liberando luzes de cores específicas.

O verde, que é disparado o tom mais comum e que parece pintar o céu com pinceladas elétricas, vem do oxigênio a cerca de 100 a 250 quilômetros de altitude.

Já os tons avermelhados — mais raros e sutis — também vêm do oxigênio, mas de regiões ainda mais altas, lá pros 300 quilômetros.

O azul e o roxo? Esses vêm do nitrogênio, e geralmente aparecem mais próximos da linha do horizonte.
Às vezes, quando você tem sorte grande, o céu inteiro parece uma pintura viva, com várias cores se misturando e se movendo como se tivesse vida própria. E sim, dá vontade de gritar "UAUU" a cada segundo.
Mas calma aí, que tem mais. Muita gente pergunta: e a Aurora Austral? Existe mesmo ou é só a irmã esquecida da Boreal? A resposta é sim, ela existe — e é tão impressionante quanto. A diferença entre elas é basicamente geográfica. A Boreal ocorre no hemisfério norte (por isso é tão famosa na Islândia, Noruega, Canadá, Alasca...), enquanto a Austral acontece no hemisfério sul — sendo mais vista na Antártida e em algumas partes do extremo sul da Nova Zelândia, Austrália e Argentina.
O processo físico é o mesmo, as cores também. O que muda é o cenário. Na Aurora Austral, por exemplo, quase ninguém mora nos locais onde ela é mais visível, então você vai ver bem menos fotos no Instagram. Mas não se engane: ela é igualmente espetacular.
No fim das contas, a Aurora — seja Boreal ou Austral — é um lembrete cósmico de que o universo ainda sabe nos surpreender. E se ver essas luzes já é um presente, entender como elas nascem torna tudo ainda mais fascinante. É como descobrir o segredo de um truque de mágica e mesmo assim continuar se emocionando com ele.
Então da próxima vez que você olhar pro céu em busca das luzes, vai lembrar que elas começaram a se formar há milhões de quilômetros dali, quando uma explosão solar mandou um recado luminoso direto pro seu coração.
E aí, preparado pra viver isso de perto?
Aproveita que já está aqui na página e da uma olhadinha na nossa agenda pra escolher em qual expedição vai realizar seu sonho! Um abraço e até o próximo texto.








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